Considerações randómicas sobre o modo como a minha vida amorosa se correlaciona com a minha vida bloguística #1
Certo dia (há muito, muito tempo atrás) usei o meu blogue para fazer uma declaração de amor. Algo me diz que o destinatário não me compreendeu totalmente; mas não havia desculpa para tal, já que eu até usei as iniciais dele na postagem. Isso deveria ter feito soar logo o sinal de alerta, mas...
De qualquer maneira, quando chegou o momento decisivo, ele não agiu conforme o esperado e eu -- na minha exigência glacial -- deixei o assunto pura e simplesmente cair. Pouco tempo depois, compreendi que nunca havia estado realmente apaixonada por ele, mas pela hipótese de construir com ele uma relação que me satisfizesse.
Mais tarde, vim a descobrir que um texto que me havia enviado por e-mail, onde se lia o post-scriptum "escrito por mim", havia na realidade sido redigido por uma camarada blogueira e copiado sem misericórdia por ele (nem respeito pelos direitos de autor, diga-se de passagem).
Em última instância, não foi exactamente isso que me aborreceu, mas o facto de nunca se ter desculpado, não ter corrigido os erros ortográficos do original e ter-me enviado uma trampa de gosto literário duvidoso crente que eu apreciaria aquilo.
Aproveito para saltar por cima de inúmeros pormenores entediantes, e contar já o final da história. Não... esperem... deixem-me usar a seguinte metáfora musical: ele veio a descobrir que era bem mais fácil decorar um refrão de reggaeton que decifrar um verso indie.
Lembrei-me disto tudo no outro dia, quando finalmente expurguei o telemóvel das dezenas de mensagens escritas ambíguas que me foram enviadas durante meses a fio. As últimas, creio, mesmo depois de ele começar a namorar outra rapariga.
Janis Joplin, "Ball & Chain (live at Woodstock '69)"
De qualquer maneira, quando chegou o momento decisivo, ele não agiu conforme o esperado e eu -- na minha exigência glacial -- deixei o assunto pura e simplesmente cair. Pouco tempo depois, compreendi que nunca havia estado realmente apaixonada por ele, mas pela hipótese de construir com ele uma relação que me satisfizesse.
Mais tarde, vim a descobrir que um texto que me havia enviado por e-mail, onde se lia o post-scriptum "escrito por mim", havia na realidade sido redigido por uma camarada blogueira e copiado sem misericórdia por ele (nem respeito pelos direitos de autor, diga-se de passagem).
Em última instância, não foi exactamente isso que me aborreceu, mas o facto de nunca se ter desculpado, não ter corrigido os erros ortográficos do original e ter-me enviado uma trampa de gosto literário duvidoso crente que eu apreciaria aquilo.
Aproveito para saltar por cima de inúmeros pormenores entediantes, e contar já o final da história. Não... esperem... deixem-me usar a seguinte metáfora musical: ele veio a descobrir que era bem mais fácil decorar um refrão de reggaeton que decifrar um verso indie.
Lembrei-me disto tudo no outro dia, quando finalmente expurguei o telemóvel das dezenas de mensagens escritas ambíguas que me foram enviadas durante meses a fio. As últimas, creio, mesmo depois de ele começar a namorar outra rapariga.
Janis Joplin, "Ball & Chain (live at Woodstock '69)"
Etiquetas: Arya Bodhisattva
7 Comentários:
O que é regato... kem? =)
Os SMS`s também tinham assim tantos erros ortográficos? Foi por isso que os apagastes?
Que confusão com que eu fiquei.
Usaste o blog para coiso e tal, ele coiso e tal por mail e dp por telelé, e...? Não era o John Doherty, é isso? E não sabe decorar o refrão de Loser do Beck :-O
Soy un perdedor...
:D :D
Este comentário é proto-químico-surreal.
O gajo foi um canalha. É isso! E um canalha com problemas de visão e com carência de neuróticos. Não esperou por ver a ultima foto no hi5
bem, "canalha" é uma palavra forte... ...não te esqueças que as mulheres têm uma tendência natural para se vitimizarem...
...se bem, que normalmente têm boas razões para isso! :D
bah, se eu procedi mal, ele também o fez e bem. parvoíces. passo a vida nestas parvoíces...!
tenho mais umas quantas histórias destas para contar. bem, mais uma ou duas, no máximo. habilito-me é a ser a barbara cartland cá do blogue!
p.s. -- regato...?
regatonis? :s
Desde que decidi afastar da minha vida amigos coloridos, que afirmavam: "ai não sei se gosto de ti assim, mas"; "ai, que não quero perder uma mulher especial, mas..."; a minha vida emocional e sentimental deu uma volta de 180º.
Honestamente, nunca estive tão feliz e tão em paz no campo amoroso.
Aliás há um livro muito bom, este que ajuda a entender os homens (apesar de cada caso ser um caso, claro). :)
Ok, mais um pouquinho de brincadeira, como foi o meu primeiro comentário, tirando a última parte do canalha, que nesse caso se aplica mesmo, segundo o que me apercebo (agora podem-me processar, chamei canalha a alguém via net, numa caixa de comentários). Estamos num blog de feministas, SOCORRO! - era esta a brincadeira. huuummm... não. O nosso livro é aquele todo em branco: "tudo o que os homens sabem sobre as mulheres".
Entrando na parte mais séria: as férias deste ano, foram, provavelmente, as mais frutificantes desta década. Tive tempo para quase tudo, em especiqal, fazer do que mais gosto: pensar! E pensei sobre o meu passado recente, e como... E ainda o mais recente dos recentes; como fazemos tanta porcaria, sobretudo, por não pensarmos, por não termos calma, e como essa precipitação fica como nossa marca de imagem.
Como aqui, como ao longo do tempo se vai descobrindo tanta coisa, nos vão ensinando tanto sobre o nosso comportamento, sobre homens e mulheres. Como aprendemos a ver o Mundo através dos outros; isso é óptimo. A maior parte da crítica construtiva que destruiu muito do meu ego, veio daqui. Isto é uma verdadeira enciclopédia do saber empírico e não académico. É humano, directo, sem rodeios. É diferente de nós.
Até as amizades coloridas blogosfericas, aquelas do msn: conversa - telemóvel - jantar - engate - cama - descartar - adeus, nos ajudam a descobrir e a seguir o nosso caminho.
Há um tempo, que as experiências são tantas, que já sabemos por intuição o que é benévolo ou não mpara a nossa saude, sobretudo mental.
Mas, isso tudo, para um gajo com uma personalidade sobretudo emotiva
e destrutiva leva algum, muito tempo. A desconstrução disso tudo e a descoberta do que somos e queremos afinal ser - e não o que pensávamos q iriamos ser para o resto da vida: irreverentes, anarcas, sempre em festas, sempre com miúdas novas, sempre a querer mudar de lugar; afinal não passou da descoberta do nosso ser interior, que é o oposto. E sabe tão bem ter ao nosso lado, finalmente, o cãozinho, a namorada - há seis meses, record, o record maior foi 4 anos -, a família, o trabalho, a criança, e gozá-los, ter finalmente gosto em dizer esta é a minha vida, a minha calma. É aqui que aporto e não sairei.
Isso aí em cima foi o meu inconsciente a falar ;) E sem químicos :-P
"Podes ter todas as mulheres do mundo, mas não me terás a mim. Para me teres a mim, não terás mais nenhuma".
- eu a citar-me a mim própria.
Comigo funcionou: 8 ou 80. No amor não pode haver meios termos.
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