Considerações randómicas sobre o modo como a minha vida amorosa se correlaciona com a minha vida bloguística #2
Estávamos no Inverno de 200-. Ele encontrou o meu perfil no Hi5 e a partir daí foi parar aos meus blogues. Mais tarde eu haveria de espreitar as visitas no Statcounter e espantar-me com a quantidade de horas que ele passara por lá.
Eu senti o perigo no primeiro minuto de conversação online. Mas claro, a minha presunção levou-me a acreditar que eu conseguiria imunizar-me a tempo. Ou pelo menos, manter-me aparentemente indiferente.
Por favor, eu estava a desfrutar de conversas amicíssimas das 22h00 às 05h00, e a adorar cada minuto. Quem estava eu a enganar...?
Eu estava tão perto daquele momento crucial. Aquele em que eu iria começar a disparatar e teria de oferecer algum tipo de explicação. Esta resultando claro, no tradicional "I'm so in love with you, babe".
Bem, não tão tradicional -- afinal desprezo a normalidade e faço uma festarola mesmo com os acontecimentos mais insignificantes, e... não tão "I love you" -- já que tenho um cadastro de desaires emocionais de cada vez que me atrevo a expressar afeição. Mas adiante.
O problema não era eu. Nem ele. Ele era (e é) perfeito. O que se passou foi que falei com demasiadas pessoas próximas dele. Estabeleci demasiados paralelos com situações infelizes pelas quais já tinha passado.
E quando senti que um afrouxar de atenção por parte dele (sendo como é, um costumário presságio do fim) presumi que nunca nada aconteceria.
Porque vêem, eu tinha feito um acordo comigo mesma: da próxima vez que me enamorasse de alguém mas encontrasse o mais ínfimo motivo para recuar, fa-lo-ia. Para o meu próprio bem.
E por uma vez, uma gloriosa vez na minha vida, segui uma linha de pensamento tão racional e incaracterística que até me assustou.
Elise, no outro dia tinhas mencionado o "He's So Not Into Me". Ainda não te agradeci, e até sei exactamente de que livro se trata -- usei-o em tempo real para analisar mais uma pseudo-relação.
Quando somei o número de vezes que ele não me telefonou, quando somei o número de vezes que ele mencionava outras raparigas, quando somei tudo o que não tinha sido feito e dito, bem... definitivamente ajudou-me a tomar uma decisão.
Se ele realmente estivesse interessado em mim, transmitiria sinais mais concretos do que o fez. Porque, como diz o Greg, mesmo que uma pessoa esteja ocupada e com imenso em mente, o advento dos telemóveis permite mantermo-nos contacto com quem quisermos. Basta claro, querer.
Então... o mais triste é que, com recuo ou sem recuo, eu poderia estar nesta altura tão sem ele como noutra situação qualquer.
Ou será este pensamento enganador meramente reconfortante, quando comparado à possibilidade de se ter partido o coração de uma pessoa...?
Talvez nunca tenhamos passado de amigos e eu tenha imaginado tudo. Mas ainda tenho a sensação avassaladora de lhe dever um grande e gordo "desculpa".
Amy Winehouse, "You Know I'm No Good"
Eu senti o perigo no primeiro minuto de conversação online. Mas claro, a minha presunção levou-me a acreditar que eu conseguiria imunizar-me a tempo. Ou pelo menos, manter-me aparentemente indiferente.
Por favor, eu estava a desfrutar de conversas amicíssimas das 22h00 às 05h00, e a adorar cada minuto. Quem estava eu a enganar...?
Eu estava tão perto daquele momento crucial. Aquele em que eu iria começar a disparatar e teria de oferecer algum tipo de explicação. Esta resultando claro, no tradicional "I'm so in love with you, babe".
Bem, não tão tradicional -- afinal desprezo a normalidade e faço uma festarola mesmo com os acontecimentos mais insignificantes, e... não tão "I love you" -- já que tenho um cadastro de desaires emocionais de cada vez que me atrevo a expressar afeição. Mas adiante.
O problema não era eu. Nem ele. Ele era (e é) perfeito. O que se passou foi que falei com demasiadas pessoas próximas dele. Estabeleci demasiados paralelos com situações infelizes pelas quais já tinha passado.
E quando senti que um afrouxar de atenção por parte dele (sendo como é, um costumário presságio do fim) presumi que nunca nada aconteceria.
Porque vêem, eu tinha feito um acordo comigo mesma: da próxima vez que me enamorasse de alguém mas encontrasse o mais ínfimo motivo para recuar, fa-lo-ia. Para o meu próprio bem.
E por uma vez, uma gloriosa vez na minha vida, segui uma linha de pensamento tão racional e incaracterística que até me assustou.
Elise, no outro dia tinhas mencionado o "He's So Not Into Me". Ainda não te agradeci, e até sei exactamente de que livro se trata -- usei-o em tempo real para analisar mais uma pseudo-relação.
Quando somei o número de vezes que ele não me telefonou, quando somei o número de vezes que ele mencionava outras raparigas, quando somei tudo o que não tinha sido feito e dito, bem... definitivamente ajudou-me a tomar uma decisão.
Se ele realmente estivesse interessado em mim, transmitiria sinais mais concretos do que o fez. Porque, como diz o Greg, mesmo que uma pessoa esteja ocupada e com imenso em mente, o advento dos telemóveis permite mantermo-nos contacto com quem quisermos. Basta claro, querer.
Então... o mais triste é que, com recuo ou sem recuo, eu poderia estar nesta altura tão sem ele como noutra situação qualquer.
Ou será este pensamento enganador meramente reconfortante, quando comparado à possibilidade de se ter partido o coração de uma pessoa...?
Talvez nunca tenhamos passado de amigos e eu tenha imaginado tudo. Mas ainda tenho a sensação avassaladora de lhe dever um grande e gordo "desculpa".
Amy Winehouse, "You Know I'm No Good"
Etiquetas: Arya Bodhisattva
1 Comentários:
oh, eu adoraria receber uma visita dessas! so fashionable!
*pensa em postagem com sócrates incluído*
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