quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Aiii Aiii Aiii



Rodrigo Santoro

Ei-la















A palavra e a foto que os internautas mais procuram aqui: a de Nadine Velazquez da série My Name is Earl.

Etiquetas: ,

Estamos famosos!



Fomos visitados pelo F.B.I.

Etiquetas:

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ainda bem que não me casei... ainda


"Generally, I think men shouldn't even think about getting married before they're 40 because by then, they know what they want and they treat you the way you're supposed to be treated. They're been around, they've tried things and they know what they want, not necessarily sexually but knowing what kind of partner they want to be with. Girls definitely shouldn't get married right out of high school."

Irina Voronina

Etiquetas:

E esta hein?

O Googfle passou o P.R. deste blog de 0 para 2:

PageRank

Nem mesmo com tanto sexo, somos penalizados O.O

Etiquetas:

Dedicado à Elise :)


Etiquetas: ,

Pure morning




A friend in needs a friend indeed,
A friend who'll tease is better ,
Our thoughts compressed,
Which makes us blessed,
And makes for stormy weather

Etiquetas:

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Eis porque a palavra Sexo é censurada pelo Google



Dá-lhe imenso lucro!

Etiquetas:

Aiii Aiii

Etiquetas:

Aiiii

Evangeline Lilly, de Lost

Etiquetas:

domingo, 28 de outubro de 2007

Migrétil

Já aqui escrevi que sofro imenso de enxaquecas, e elas são diárias. O único medicamento que consegue tirar as horríveis dores é o Migrétil.

Da última vez que comprei uma caixa de Migrétil, em PT, tive uma desagradável surpresa por parte do farmacêutico. A minha farmácia, aquela que todos me conhecem, estava fechada às 23 horas, e a outra estava de serviço. É habitual a venda deste analgésico (que mais não é que uma mistura de cafeína com paracetamol), nas farmácias. Sempre o comprei, e nunca houve objecções, mesmo em farmácias onde não sou cliente habitual.

Nesse dia, o azar bateu-me à porta. Estava mesmo cheio de dores e com um aspecto... ui.

O farmacêutico, armado em parvo, disse-me que o Migrétil só se vendia mediante receita médica. Retorqui com os argumentos referidos em cima. O homem disse-me que não era cliente habitual, e por isso, não mo podia vender, e ainda por cima, afirmou ele, ignorantemente, que não me conhecia e não vivia em Loures. Como pode ele conhecer centenas de milhar de habitantes de Loures. Não queria vender. Lá lhe disse que era residente em Loures, e que costumava ir lá, sempre que a outra farmácia estava fechada, e que outra que existe em Loures também me vende o medicamento sem receita médica. Olhou para mim - estava a suar e com os olhos vermelhos -, e deve ter pensado que eu era um junkie.

Virei-me para ele e disse que não compreendia, afinal, até eu podia fazer o medicamento em casa, bebendo café com aspirina. Não façam isso, que arrebentam com o estômago. Disse-me: "então vá fazer isso".

Argumento final: mostrei-lhe a lista de medicamentos que estou a tomar, aquelas guias passadas pelos médicos, onde consta que tomo o Seglor - R, para o tratamento das enxaquecas. O homem viu, olhou muito atentamente para mim e para a lista e começou a tratar-me como coitadinho, como doente mental. Isto é sério, um gajo passa-se com estas atitudes. E são medicamentos necessários para doenças crónicas, de que realmente necessito, como a asma, a enxaqueca e a bipolar. Não gosto é daquela atitude complacente: coitadinho, este é maluco e devia estar era internado no Júlio de Matos. Deu-me vontade de o esganar!

Mesmo assim, não queria vender o fármaco. "Ouça lá, por favor, tem aqui o meu B.I., o meu cartão de livre trânsito, pode ficar com os meus dados". Aqui o homem quase que fazia continência quando viu que eu podia entrar em qualquer sítio público e podia usar arma sem licença. Obviamente, que sou contra as armas, e nunca a usei. Deixei de utilizar esse cartão, assim que me desvinculei da f. pública, e entreguei-o de imediato. O certo é que o homem mudou de atitude. Já não era o coitadinho, passei a ser a autoridade. Confundem muitas vezes o cartão de livre trânsito usado por magistrados, conservadores, notários, oficiais de justiça, e outras profissões jurídicas integradas no Ministério da Justiça, com o da P.J., que é completamente diferente.

Mesmo assim, o senhor em causa só mo vendeu após retirar todos os meus elementos e pedir que eu levasse a receita para o reembolso. E, para eu andar sempre com uma cópia de receita onde constasse o Migrétil e o Ventilan, pois poderia suceder novamente aquele tipo de situação.

Está bem, oh melga! Vocês entregaram? Eu não.

Esta estória toda serve para demonstrar a discriminação que existe ainda na nossa sociedade, e o estigma, que nós, portadores de doenças crónicas sofremos. E o culto da aparência.

Ah, a enxaqueca, passou.

Etiquetas:

Viram o L'Enfer?


Emanuelle Béart

Um filme controverso que explora a claustrofobia do casamento, a obsessão, o ciúme e a morte.
Na altura, Emanuelle Béart foi considerada a "mulher mais bonita do mundo". Para mim, ainda é uma das mais lindas, tenham esses lábios estrogénio ou não.

Etiquetas:

Que feminismo mais estúpido!

Quando protesto com um gajo e o seu único contra-argumento é dizer-me que estou com o período só tenho uma regra: desancá-lo verbalmente pelo seu cérebro de galinha.

É que, felizmente, não tenho um pénis mas não discrimino ninguém apenas por ter uns inestéticos centímetros de carne esponjosa pendurada.

Etiquetas:

God Damn It!

Voltei a fumar! A culpa é do Duhnill Mentol

Etiquetas:

A hora mudou, a hora mudou!

Por isso é que estou a escrever tão tarde.

Etiquetas:

sábado, 27 de outubro de 2007

The Lion, the Fox, and the Beasts

The Lion once gave out that he was sick unto death and summoned the animals to come and hear his last Will and Testament. So the Goat came to the Lion's cave, and stopped there listening for a long time. Then a Sheep went in, and before she came out a Calf came up to receive the last wishes of the Lord of the Beasts. But soon the Lion seemed to recover, and came to the mouth of his cave, and saw the Fox, who had been waiting outside for some time. "Why do you not come to pay your respects to me?" said the Lion to the Fox. "I beg your Majesty's pardon," said the Fox, "but I noticed the track of the animals that have already come to you; and while I see many hoof-marks going in, I see none coming out. Till the animals that have entered your cave come out again I prefer to remain in the open air." It is easier to get into the enemy's toils than out again.

Etiquetas:

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A ver se o chamo à atenção...

Gaja p**** ** boa, cuja personagem, que representa na série L-Word, é lésbica: Mia Kirshner.

Etiquetas:

"Oh can't you see what love has done?"



Love left a window in the skies
And to love I rhapsodize


Etiquetas:

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Confissão #21

Poderíamos mesmo voltar ao início? Isso não seria puro e glorioso?

"Star Witness", Neko Case


My true love drowned
In a dirty old pan of oil
That did run from the block
Of a Falcon sedan 1969
The paper said '75
There were no survivors
None found alive

Trees break the sidewalk
And the sidewalk skins my knee
There's glass in my thermos
And blood on my jeans
Nickels and dimes
Of the 4th of July
Roll off in a crooked line
To the chain-link lots
Where the red-tails dive
Oh, how I'd forgot
What it's like

Hey, when she sings
When she sings
When she sings like she runs
Moves like she runs
Hey, when she moves
When she moves
When she moves like she runs
Moves like she runs
Hey, there there's such tender wolves
Round town tonight
Round the town tonight
Hey, there there's such tender wolves
Round town tonight
Round the town tonight

Hey, pretty baby, get high with me
We can go to my sister's
If you say we'll watch the baby
The look on your face
Yanks my neck on the chain
And I would do anything
(I would do anything)
To see you again
So I've fallen behind

Hey, when she sings
When she sings
When she sings like she runs
Moves like she runs
Hey, when she moves
When she moves
When she moves like she runs
Moves like she runs
Hey, there there's such tender wolves
Round town tonight
Round the town tonight
Hey, there there's such tender wolves
Round town tonight
Round the town tonight

Go on, go on and scream and cry
You're miles from where anyone will find you
This is nothing new
No television crew
They don't even put on the siren
My nightgown sweeps the pavement
Please
Don't let him die
Oh how I forgot

Etiquetas:

sábado, 20 de outubro de 2007

Confissão #20

Quem me dera que alguém tivesse uma canção que o/a fizesse lembrar-se de mim.

Quem me dera.

Mas talvez a recordação de mim se desvaneça tão veloz e subtilmente quanto um lenço de seda selvagem abocanhado por um qualquer gato vadio.

Etiquetas:

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Confissão #19

Sinto a tua falta. Sinto que nossa amizade se desintegra a olhos vistos.

"But getting old, it takes its toll
And hearts getting broken lead to people growing cold"


Tenho saudades tuas. Tenho saudades tuas. E tenho saudades tuas.

"I was so near
Now you're so far"


Telefona-me. Alguma vez chegaste a telefonar-me...?

"I love it when you call
But you never call at all"


Estou. Com. Ciúmes. Eu. De quem possas vir a conhecer. E de como possas vir a apaixonar-te.

"Yea, I wonder where you been
Yea, I wonder who you seen"


E nunca chegou a acontecer nada. Que fará se tivesse acontecido?

"Remember me, I used to be the best time buddy
That you couldn't wait to see"


Deixa estar. Estou a esquecer-te.

"You could have it all
We should have it all"


Estou. A sério.

"And I hope you find your train
When you do, I really hope it's all it seems"


*suspiro*

E a conformar-me.

Etiquetas:

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Fim

Quando eu morrer batam em latas
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa.
Eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá Carneiro



Trovante,
Fim

Etiquetas:

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Da série Mulheres Bonitas de Grandes Séries

Lembram-se de Ally McBeal? Lembram-se da advogada loira, lindérrima, arrogante - por vezes insuportável -, determinada e maquiavélica, interpretada por Portia de Rossi,
aí em cima?

Pois bem, agora está melhor que nunca na série "Arrested Development". Continua cínica, com um britânico inexcedível, loira, linda, mas... desta vez burra O_o

Pena ser lésbica... pena no sentido, de nós, homens, nunca a podermos alcançar, claro está.

Etiquetas:

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Da série Mulheres Provocantes de Grandes Séries


"Ali" Larter, da série Heroes.

Etiquetas:

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua.
Fases como andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
Tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!

Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
O outro desapareceu...


Cecília Meireles, Vaga Música

Etiquetas: ,

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Note to self

FREE!

Etiquetas:

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Estava de facto, muito zangado. Sacudindo os cabelos dourados ao vento, gritava:
- Sei de um planeta onde há um senhor todo afogueado. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou para uma estrela. Nunca gostou de ninguém. Nunca fez senão contas. E, tal como tu, passa o dia a dizer: "Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!" Mas aquilo não é um homem! Aquilo é um cogumelo!


Saint-Expupéry, O Principezinho.

Etiquetas:

Liberdade

"O poema é
a Liberdade

Um poema não se programa
Porém a disciplina
----- Sílaba por sílaba ----
O acompanha

Sílaba por sílaba
O poema emerge
---- Como se os deuses o dessem
O fazemos"

Sophia de Mello Breyner Andersen, O Nome das Coisas



Imagine, Avril Lavigne; cover de John Lennon para o álbum Amnesty Internacional, Save Darfur

Etiquetas:

terça-feira, 9 de outubro de 2007

De enaltecer!

A "nossa" Elise anda ocupadíssima - para além do trabalho -, à procura de cachorrinhos e gatinhos para adoptar. Só escrevi isto, porque a "adoro" - ela sabe bem o porquê -, e porque o "meu" Pintas celebra o seu 1º Aniversário no próximo dia 15 de Outubro.

Etiquetas: ,

Algumas proposições com pássaros e árvores que o Poeta remata com uma referência ao coração

"Os pássaros nascem na ponta das árvores
As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros
Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores
Os pássaros começam onde as árvores acabam
Os pássaros fazem cantar as árvores
Ao chegar aos pássaros as árvores engrossam movimentam-se
deixam o reino vegetal para passar a ser do reino animal
Como pássaros poisam as folhas na terra
quando o Outono desce veladamente sobre os campos
Gostaria de dizer que os pássaros emanam das árvores
mas deixo essa forma de dizer ao romancista
é complicada e não se dá bem na poesia
não foi ainda isolada da filosofia
Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros
Quem é que lá os pendura nos ramos?
De quem é a mão a inúmera mão?
Eu passo e muda-se o coração"


Ruy Belo, Homem de Palavra(s)

Etiquetas:

Dou um prémio a quem adivinhar o que é isto e onde se situa



Foto: José Paulino

Etiquetas:

10

Bo Derek, 10

Etiquetas:

Confissão #18

"Já reparei que é obsessiva" - diz-me ela.

E eu cria que era um segredo bem guardado.

Etiquetas:

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Da série Mulheres Bonitas de Grandes Séries

Alicia Silverstone da série Miss Match

Etiquetas:

domingo, 7 de outubro de 2007

Irritações lusas

Recebo um molhe de revistas portuguesas e vejo como ando desactualizada. Portugal continua a ser um país que me provoca grandes irritações, especialmente a nível da imprensa escrita.
1º - Naquele jornal gratuito que é suposto informar o povinho analfabeto, o Destak, reencontro-me com a editora da minha emb(u)(i)rrância. A Sô Dona Isabel Stillwell volta a largar uma das suas brilhantes pérolas sobre Espanha. Parece que, já que abastecer em Espanha para poupar na gasolina contribui para os índices de poluição desse país, seria um acto patriótico que os portugueses o fizessem. Lembre-se, minha cara, que se a Espanha desaparecesse, Portugal ficava à mercê das vontades fronteiriças dos franceses. Mas, atendendo à manipulação da História que os ingleses tanto gostam de fazer, as invasões napoleónicas devem ser um conceito por si desconhecido.
Esta senhora, há uns anos, fez uma crónica/artigo de opinião/seja lá o que for que ela escreve em que apelidava os espanhóis de arrogantes, mal-educados, gente que grita e sem maneiras. As cartas de resposta foram tantas que a Sô Dona Isabel teve que fazer um pedido de desculpas público. Não se insulta um povo e uma nação gratuitamente sem esperar troco. Se foi a Benidorm e não gostou, na volta deve lá ter estado numa época em que os seus conterrâneos tratam de poluir e vandalizar esta grande nação que deu ao mundo Cervantes e a novela mais perfeita da História da Literatura (não sou eu que digo, são estudos de gente muito mais sapiente). E, para terminar, deixe-me lembrar-lhe que, enquanto a senhora se queixa de que tem que escrever num papelinho ranhoso enquanto está presa no trânsito a comer com os fumos e a imundice de Lisboa, eu escrevo da zona menos poluída da Europa, com campos debaixo do nariz e uma internet de alta velocidade sem fios a 39 euros por mês. Essa zona chama-se Andaluzia, tem o parque natural mais bem conservado da Europa (Doñana) e faz parte dessa Espanha que lhe provoca urticária, por se estar borrifando para a superioridade anglófona de que a sua gente tanto gosta.

2º - Num suplemento dominical do JN/DN, o Gonçalo Cadilhe quer recriar o percurso de Magalhães e escreve sobre Sevilha. Muito bem. Pena é que fale de Sevilha como uma cidade matreira, onde predominam os assaltos e o tráfico de heroina e não se dê ao trabalho de escrever devidamente os nomes dos monumentos.
Sevilha é das cidades mais seguras da Europa. E das mais limpas também. Na calle Bétis, posso andar em segurança às quatro da manhã apenas com uma amiga. Consegue dizer o mesmo do seu Bairro Alto?
Quanto à heroína, engana-se: Espanha é o maior consumidor mundial de cocaína. Que é bem mais chique. E de melhor qualidade que aquela que consegue comprar em Chelas. Mas, se se quiser abastecer, não poderá ir ao dealer em frente à esquadra da Polícia, como no seu bairro: tem que ter juizinho e andar com cuidado, que a criminalidade aqui não compensa. Deve ser a isso que se refere quando fala dos genes exaltados dos andaluzes e do facto de haver uma placa em Sevilha que exalta a nobreza dos espanhóis que partiram com Magallanes, que o senhor jornalista considera arrogância. Não fosse o dinheiro da Coroa Espanhola e ainda hoje pouco se falava de Descobrimentos. Queria que se exaltassem os feitos de quem, afinal? É este nacionalismo patriótico dos espanhóis que é tão comichoso para os portugueses, não é? Ou haverá uma ponta de invejazinha por aí, senhor Cadilhe (este apelido não me é estranho...)?
Quanto aos monumentos, trata-se dos "Reales Alcazares" e não "Reales de Alcazares", como este senhor escreveu, que não são o monumento mais importante de Sevilha, como ele afirma. Ninguém tira esse posto à catedral. Também não conheço a igreja Santa Maria Triana, mas sim a Esperanza de Triana. O mais engraçado é que qualquer roteiro manhoso ali da terra da Sô Dona Stillwell menciona estes nomes correctamente.

3º - O Verde Eufémia é uma coisa vergonhosa. Porém, quando se permite que uma faculdade seja um centro de trabalho de partidos trotskistas, é isto que se pode esperar. Não sei por que é que se critica tanto as faculdades privadas. Já alguém pôs os olhos em certas e determinadas faculdades públicas? Oscilando entre um nicho de fundamentalistas e o Chapitô, saem de lá vândalos deste calibre. Porém, ninguém se atreve a fazer uma reportagem sobre isto, porque os senhores professores estrelas de televisão não iam gostar e lá se ia o empregozinho a recibo verde no jornal, que em Portugal toda a gente tem amigos.

3º - Não me falem mal do Saramago. Esse sim, tem atitude. Deve ser dos maus genes da sevilhana que o encantou, e que gere a sua obra e o seu património de forma devota. Saramago domina as técnicas narratológicas com a maestria de um Eco. Saramago entrança tramas e enredos, ficções e realidades de uma forma tão sublime que temos que recuar a Aristóteles para compreender estes grandes actos de literatura. Não, Saramago não me apaixona, mas vergo-me perante a sua batuta. Porque literatura não é só ter um amigo numa editora e editar umas palavrinhas que nos vêm do coração. Saramago é um mestre da narratologia. Venha quem vier, o Nobel foi muito bem merecido. E a descasca que o Cavaco está constantemente a levar, também. Porém, camarada Saramago, não podia esperar que a cabecinha numérica do senhor Cavaco ousasse defendê-lo quando se tratou da polémica sobre "O Evangelho segundo Jesus Cristo". É que naquela cabecinha dotada para os números há muita missa e pouca literatura. Mas tu, camarada Saramago, podes dar-te ao luxo de virar as costas a um Presidente. Porque és livre em Lanzarote, porque tu e a tua mulher são Filhos Pródigos da Andaluzia e porque tens o tempo de antena que quiseres no Canal Sur, que até te pôs um estudio de emissão em casa. E porque és dono do Verbo, aquele que está no princípio de tudo.
Saramago, as tuas duas páginas diárias são um elixir que perdurará no tempo. Aqueles que te criticam ficarão nos anais da História apenas até que essa mesma História os esqueça.


E com isto me retiro. Tenho ali um jornal desta semana para ler, com as estatísticas de acidentes relacionados com crianças no Reino Unido, a propósito do caso Maddie. E não, não está escrito em português.

Etiquetas: , ,

sábado, 6 de outubro de 2007

Michael Stipe

Para mim, um dos homens mais bonitos, sensual e sensível que conheço. Para além de ser Budista e Vegan.

Etiquetas: , ,

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Manuel Alegre

É com grande contentamento que tomo conhecimento de que "O Homem do País Azul" está incluído no programa de Português do 10º ano. Não basta queixarmo-nos da falta de cultura dos nossos adolescentes: há que mostrar-lhes que o maior património de Portugal não é o cozido à portuguesa ou o Cristino Ronaldo, mas sim os seus poetas.
Este é, sem dúvida, o meu poeta de eleição dentro dos contemporâneos e de língua portuguesa. Encontro em Manuel Alegre a mesma força das palavras, a mesma energia vital, a mesma voz grossa de Ary dos Santos. Talvez a carreira política de Manuel Alegre e a sua clara identificação à esquerda tenham feito dele um poeta maldito, porque o meio literário lusitano lida muito mal com quem toma opções políticas, numa pequenez de espírito que não se vê nos países ditos civilizados em geral (quando Saramago ganhou o Nobel, muito se disse por aí: "AH! Mas ele é comunista!!"). O que é certo é que Portugal não dá o devido valor a este artífice das palavras libertárias, e comete-se a suprema injustiça de silenciar este escritor que sempre lutou por se fazer ouvir.
Uma pena, digo eu. Porém, o tempo e as gerações vindouras encarregar-se-ão de lhe fazer justiça. Digo eu, porque acredito nesta voz poética desde que me deparei com este poema, que de seguida transcrevo, num livro da minha quarta classe.

Manuel Alegre nasceu em 1936 e estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde participou activamente nas lutas académicas. Cumpriu o serviço militar na guerra colonial em Angola. Nessa altura, foi preso pela polícia política (PIDE) por se revoltar contra a guerra. Após o regresso exilou-se no norte de África, em Argel, onde desenvolveu actividades contra o regime de Salazar. Em 1974 regressou definitivamente a Portugal, demonstrando, nos vários cargos governamentais que tem desempenhado ao longo dos anos, uma intervenção fiel aos ideais da Liberdade.
A sua poesia foi e é um hino à Liberdade e, talvez seja por isso que é lembrada por muitos resistentes que lutaram contra a ditadura. É considerado o poeta mais cantado pelos músicos portugueses, designadamente Adriano Correia de Oliveira, José Afonso, Luís Cília, Manuel Freire, António Portugal, José Niza, António Bernardino, Alain Oulman, Amália Rodrigues, Janita Salomé e João Braga.

As mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade."

"O Canto e as Armas", 1967

Etiquetas: , , ,

Considerações (não digo randómicas, mas quase)

Já tenho um portátil; depois de comprar uma casa, hei-de comprar uma campa. De preferência daquelas ao alto, com gavetas, para poder pôr a cabecinha de fora do caixão e conversar com os meus vizinhos. Num sítio bonito, para no dia do Juízo Final eu ter vontade de sair.
Nem sequer é ser mórbido, desculpem lá. Como dizia o outro, a morte é a única certeza que temos e só não sabemos o dia. Eu acrescento que alguns até escolhem o dia. O que é certo é que o gajo que dizia isso morreu e tudo e eu ainda cá ando.

Etiquetas: ,

Free Burma!


Free Burma!

Etiquetas:

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O Verão findou, infelizmente


Jayne Brook, da série John Doe

Etiquetas:

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Creio que todos gostam...


Joy Division, Love will tear us apart

Os New Order deram cabo do sonho dos New Order, assim como o Darklands destruiu o Psycho Candy.






Etiquetas:

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

“Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não.”

John Grogan

Etiquetas: