sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Uma era bela, loira, alva e bondosa. Era afável e alta, esguia e amiga das crianças e dos pobres. Fazia-se amar pelos espelhos. Vestia-se bem e devia cheirar ainda melhor. Tinha um toque de rebeldia que enamorava as conterrâneas, que sonhavam com o seu conto de fadas e o seu porte de princesa de outros tempos.
A outra amava os cavalos. Tanto que as feições se foram tornando equinas, e dizem as más línguas que o cheiro também. Não era loira nem bela; tinha cabelos crespos e de cor indefinida. Dizia palavrões numa voz roufenha. Nada do que vestia lhe assentava bem, e não era culta nem requintada.
Contudo, ele amava-a. Não a primeira, mas a segunda, contra um matrimónio arranjado, contra a própria família, contra uma nação inteira e mesmo um mundo cor-de-rosa que reclamava a imagem endeusada da primeira.
Mas ele amava aquela que não tinha encanto. Talvez porque ela fosse genuína, e o anjo louro não passasse de uma boneca de porcelana que por vezes corava.
Amava-a a tal ponto que há-de fazer dela a sua rainha. Custe o que custar. Por cima da imagem da própria perfeição, há-de vencer a humanidade da mulher simples que ele nunca esqueceu. A mulher que, tal como ele, era imperfeita, e cujo nariz adunco competia com as suas orelhas de abano. Aquela talvez com quem ele se sente irmanado, ele, que tão pouco tem a ver com o anjo louro e belo, porque é torpe e desajeitado.
A perfeição de Diana de Gales comprou-lhe o mundo, mas não o amor de um homem. Esse, doa a quem doer, há-de ser sempre da mulher que poderia perfeitamente ser a sua antítese de perfeição.
Para pensar.

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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

da luz que se apaga


foto: joão espinho

Para que a luz se apague, é preciso que alguém dê ao interruptor. Ansiar pelo dia em que a lâmpada se funda pode ser uma espera longa demais, enquanto o tempo corrói a madeira do candeeiro.

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Como maior espanhol de sempre, foi escolhido o rei Juan Carlos. Está mal. Eu acho que devia ter sido o Julio Iglesias.

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Pensamentos randómicos*

Faz tudo aquilo que te amedronta. No medo reside poder. O medo não se deve temer. Ri-te da maravilha que ele encerra. Ri-te tão alto para que se não ouça a tua queda. Mas ri-te de todos os sons.

*Randómicos é uma expressão da Arya

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Ide, ide


Cada vez entendo menos estes internautas, mas vou tentar ajudá-los. Se quereis encontrar definições concretas de palavras e conceitos como esses aí ao lado, não ide ao Google, ide à Wikipedia.


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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Há alturas na vida...

...em que é preciso fazer delete em tudo aquilo que me incomoda.

Há alturas na vida...

...em que só me apetece fazer restart.

`tá-se bem [umbiguismo 2]


132 vitas por dia; 231º blog mais lido segundo o Blogómetro

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Odeio esta noite em que a concentração dispersa por aí e eu estou agarrada à cadeira do dever.
Vou lavar o meu chão branco com lixívia, para ver se aclaro a tua memória.
Não quero sonhar contigo, se não te posso abraçar. Sai dos meus sonhos e instala-te na minha memória, sem dor, num lugar só nosso onde te possa encontrar.
Não me faças sonhar contigo; queres matar-me de saudade?

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Confissão #13

Subitamente, o nosso coração reinicia.

E não interessa se o nosso cabelo anda a passar por uma fase péssima, se a nossa pele nunca mais parece sair da adolescência, se tudo o que vemos ao espelho é alguém que precisa de informação básica sobre o conflito israelo-palestianiano.

A vida recomeçou.

E temos esperança. E prometemos nunca mais cometer os mesmos erros mesmo se, no íntimo, sabemos que os repetiremos.

E se eu sou o teu sonho? Por onde andas tu? Há tanto que te quero mostrar.

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terça-feira, 28 de agosto de 2007

The Cure - High



Um presente para duas meninas deste blog, uma das quais tem nos Cure a banda sonora da sua vida. Outra, tem como música favorita, uma outra deles. Também se encontra no meu top 10 de bandas favoritas desde o genial Kiss me Kiss me Kiss me. Desde então, não resisto a adquirir qualquer disco ou dvd de uma banda que tentou fazer a fusão do pop com o Punk, passou por uma excelente fase conceptual, e hoje não precisa de adjectivos, excepto um: genial.

Espero que todos gostem, mesmo os que não a têm como umas das suas bandas favoritas

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Quem fica com o troco?



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Palavras para quê?



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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

r u having a dirty day?

Tks Elise :)

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domingo, 26 de agosto de 2007

Exorcismos

O mais famoso exorcista espanhol é um arcebispo. Todos os anos, reúne-se com outros membros da Igreja espanhola especializados em tal prática para um congresso, de onde surgem conclusões brilhantes.
Este senhor arcebispo declarou recentemente a um jornal espanhol as pautas pelas que se guia, sendo que são sinais de que se está perante um possuído os seguintes factos:
- fala muitas línguas fluentemente, sem que se saiba bem onde as aprendeu.
- conhece segredos ocultos do seu exorcista, apenas por olhar para ele.
- ganha uma força física fora do comum ou para além da sua constituição física.
- normalmente, tem um diagnóstico de transtorno bipolar, ansiedade ou de esquizofrenia, que não se consegue curar porque não passa de um demónio instalado comodamente na sua psique.
Após uma busca no Google, parece que esta associação medievalóide de possessão aos transtornos mentais é uma das ideias mais difundidas entre as seitas, igrejas e diversas filosofias associadas ao Cristianismo. Em suma, os demónios tornam-nos pessoas cultas, inteligentes, saudáveis e perspicazes e isso só PODE SER obra do demo. Ou esta gente interpreta tão mal a Bíblia que não percebe que os sete demónios lá referidos não passam de uma alegoria dos sete pecados capitais, ou mais vale realmente pedir um orçamento a um exorcista porque isto de ser mais esperto que o padre pode sair caro. ;)

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Da intelligentsia valorosa e insubstituível

Dezenas de páginas farão a elegia mais correcta.
(Eu) apenas quero registar o (opressivo) sentimento de perda.



29/03/1944 - 25/08/2007

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Um excelente livro para as nossas crianças

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Domingo

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Sugestão de leitura para o fim-de-semana

Fernando Pessoa & C.ª Heterónima

Jorge de Sena

Pessoa foi uma presença constante no ensaísmo de Sena daí o grande interesse por este notável estudo de conjunto, desde a publicação da 1ª edição. Esta extensa colectânea reúne tudo o que de importante Sena foi escrevendo sobre a obra de Pessoa, incluindo desenvolvidas notas de acompanhamento de alguns textos.
Um estudo que serve tanto para o conhecimento de Pessoa como para o da personalidade do próprio Sena.


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Porque será?

Estou sempre mais calmo e relaxado às sextas do que nos restantes dias da semana.

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Confissão #12

Nem acredito no quão enfurecida estou.

Com essas migalhas de atenção. As quais atiras no desespero de mais uma amizade falhada.
Com esses "olás" esporádicos. Os quais acreditas piamente que alegram o meu dia solitário e desolado.
Com esse sofrimento aberto e declarado. O qual crês faz de ti um excepcional ser-humano.

Com o facto de eu ter perdido horas. Dias. Meses. Mais de um ano.
A pensar em ti.

Oh, eu estou interessada, sim. Em tudo.
No resto do mundo. Menos em ti.

Suponho que isso não se notava o quão especial eu era quando fazia o meu melhor para te ver feliz, não é?
Mas depois de uma sucessão de alegres idiotas, a Arya começa a parecer interessantezinha, certo?

Sms... Mensagens Hi5... Perguntas insistentes no Msn... Tudo isso muito me espanta.
Ora, vai para o raio que te parta. E esquece que eu existo.

Não acredito que afirmaste à boca cheia que me apresentaste a música dos Muse. Retirei o "Absolution" do meio da minha pilha de "cd's a ouvir", enquanto comprava quase por acaso o "Showbiz". No Inverno de 2006.
Aquele durante o qual me ignoraste alegremente e eu caía de bom grado de amores por uma pessoa mais merecedora. Mas, vá. Mordi o lábio e aquiesci.

Narcísico do caraças. Esta não te perdoo.

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terça-feira, 21 de agosto de 2007

Confissão #11

E subitamente há espaço para mim na tua vida.

...mandas sms's...

...dizes que sonhaste comigo...

...lembras-te que há um filme prestes a sair que adivinhas eu quero ver...

...abres janelas de conversação no MSN...

Tarde demais.



P.S. -- Temos pena.

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108

"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam, poderia ser encontrado em uma só rosa" (Antoine de Saint-Exupéry, escritor, ilustrador e piloto francês, 1900-1944)

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domingo, 19 de agosto de 2007

dos silêncios


foto: joão espinho


Chamas-me pelo telefone, anuncias uma imensidão de coisas para contar, digo-te que sim, e deixo-te falar.
O meu retrato é testemunha da atenção que te prestei, onde nenhuma palavra te devolvi.
Pior que isso, só os telefonemas em que o silêncio é ensurdecedor.

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"Distância. Nunca avancei pelo tapete até às cerimónias. Até à plenitude da vida da multidão, até à música autêntica e até ao cheiro dos homens. Nunca assisti a casamentos nem a enterros. Para mim tudo teve lugar na solidão do campanário com o som ensurdecedor dos sinos apelando com vozes de ferro, ou na cave onde roía juntamente com os ratos as velas e o incenso armazenados. (...)
Não posso ter a certeza de nenhum acontecimento ou lugar a não ser da minha solidão. Diz-me pois o que as estrelas contam de mim. (...)
Há no meu olhar uma ruptura por onde a loucura sempre escoa. (...)
Sou uma mulher louca a quem as casas piscam o olho e oferecem a hospitalidade dos seus ventres."

- Anais Nin, "A Casa do Incesto"

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"Don't break my heart, or I'll break your heart-shaped glasses" - e não digo quem foi o ídolo pop que escreveu isto... ;)

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Para as "meninas" deste blog... e não só



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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Sangre y azahar en Cunninghame Graham


POR FERNANDO IWASAKI, in "ABC- edición de Sevilla" del 11/08/2007
"Fundador del partido socialista inglés, escritor trashumante, jinete consumado y amigo de Valle-Inclán, Joseph Conrad y Buffalo Bill, Robert Bontine Cunninghame Graham (1852-1936) fue un enamorado de la cultura hispánica, pues pasó su infancia en Andalucía, recorrió Hispanoamérica a caballo desde la Patagonia hasta Texas y murió en Argentina, donde todavía se le venera por sus cuentos sobre gauchos, cuchilleros y compadritos, que alguien debería cotejar algún día con los de Jorge Luis Borges.
Uno creía que el único vínculo entre Sevilla y Cunninghame Graham era Abelardo Linares, poeta y librero sevillano que ha editado las únicas obras del viajero escocés publicadas en España -El Río de la Plata (Espuela de Plata, 2004) y Trece Historias (Espuela de Plata, 2006)-, hasta que el propio Abelardo puso en mis manos una alhaja bibliográfica que tiene que ser una golosina para cualquier coleccionista de curiosidades sevillanas: Aurora la Cujiñi. A Realistic Sketch in Seville (Leonard Smithers, London, 1898), un primoroso folleto del que apenas se imprimieron quinientos ejemplares.
Gracias a la edición de C.T. Watts, Joseph Conrad´s Letters to Cunninghame Graham (Cambridge, 1969), sabemos que el autor de El corazón de las tinieblas no sólo disfrutó del segundo ejemplar numerado de aquella tirada («Tr_s cher ami: This morning I had the Aurora from Smithers Nº 2 of the 500 copies. C´est, tout simplement, magnifique», 30th July 1898), sino que lo recomendó a Edward Garnett («He read Aurora here. He thinks it is simply great», 27th August 1898), editor de Conrad y de Lawrence de Arabia. Garnett se entusiasmó tanto con la recomendación de Joseph Conrad que se lo encareció así a Cunninghame Graham: «At Conrad´s the other day I read your Aurora la Cujiñi. It is one of the finest things you had done, & certainly the richest in colour. Only an «impression» you will say. Yes, but something that transfers the intoxication to us» (26th August 1898). Es decir, una colorida y embriagadora historia, la mejor de todas las escritas por Cunninghame Graham.
¿Y cómo era esa Sevilla que fascinó al autor de Nostromo? ¿Quién era Aurora «La Cujiñi»? ¿Qué quiso contar Cunninghame Graham?
Amante de los caballos -sobre los cuales escribió varios libros como The Tale of Two Horses (1935), Rodeo (1936) y The Horses of the Conquest (1930), dedicado a su caballo «Pampa»- Cunninghame Graham no toleraba las carnicerías que se perpetraban durante las antiguas corridas de toros y así no tuvo reparos en describir todo el horror que le producía ver a los caballos destripados, agonizantes y desangrados en la plaza de la Mestranza, a quienes comparó con los mártires cristianos en el circo romano: «Hungry and ragged, they had trodden on their entrails, received their wounds without a groan, without a tear, without a murmur, faithful to the end; had borne their riders out of danger, falling upon the bloody sand at last, with quivering tails, and, biting their poor parched and bleeding tongues, had died just as the martyrs died at Lyons or in Rome, as dumb and brave as they». Así, en la Sevilla de Aurora la Cujiñi, el olor de la sangre de los caballos es más fuerte que el perfume de la primavera.
Otra cosa que llamó la atención de Cunningham Graham fue el «arte de piropear» de los sevillanos, cuya descarada manera de examinar a las mujeres y de ponderar las porciones más sobresalientes de sus anatomías, le recordó a los tratantes ingleses de caballos: «If a woman, rich or poor, a Countess from Madrid, or maiden of the Caloró from the Triana, chanced to pass, they criticized her as a prospective does a horse at Tattersall´s. Her eyes, her feet, her air, everything about her, were freely commented on, and if found pleasing then came the approving «blessed be your mother!» with other compliments of a nature to make a singer at a Paris café concert blush». Según Cunninghame Graham, los bares de la calle Sierpes se llenaban de hombres que todo el tiempo hablaban de toros, de política y de mujeres («The cafés were gorged with clients, all talking about the bull-fight, the Government, or disputing of the beauty and the nature of the women of their respective towns»). Menos mal que en eso sí hemos cambiado con respecto al siglo XIX, porque ahora en el siglo XXI además hablamos de fútbol.
Así, en aquella Sevilla que durante el día olía a sangre y a azahar, Cunninghame Graham buscó refugio nocturno en el Café del Burrero, que más que un templo flamenco se le antojó un antro machista («So on this evening the «Burero» was packed with men»). Un café-cantante cutre y oscuro como una cueva («An enormous music-hall, without a looking-glass, without a bar, without a velvet-cushioned seat, half lit by miserable oil lamps») y con una clientela más bien inquietante («the flower of the rascality of Spain»). Ahí, mientras los parroquianos bebían manzanilla y comían boquerones, un viejo gitano le contó la historia de Aurora «La Cujiñi», una gitana maravillosa que había bailado mejor que nadie, antes de morir trágica y misteriosamente. De pronto, una bellísima joven emergió de la noche oscura vestida como una gitana antigua («dressed in a somewhat older fashion than the others, her hair brought low upon her forehead and straying on her shoulders in the style of 1840, her skirt much flounced, low shoes tied round the ankles, a Chinese shawl across her shoulders») y ejecutó un baile profundo, sensual y hechicero, antes de esfumarse otra vez. Todos los gitanos del Burrero sabían que era un fantasma, pero todos jalearon y aplaudieron su baile, porque bailar era su gloria y su condena. «One God, one Cujiñi», balbuceó conmovido el anciano gitano.
¿Cómo podía encarnarse así un alma en pena? Cunninghame Graham quería creer que «La Cujiñi» regresaba del trasmundo a bailar, cada vez que el olor de la sangre y el azahar se fraguaban en el aire («she took a brief and fleeting reincarnation to breathe once more the air of Seville, heavy with perfume of spring flowers mixed with the scent of blood»). Ignoro si García Lorca leyó a Cunninghame Graham, pero seguro que habría admitido que «La Cujiñi» era lo más parecido al ser que conjuró en su conferencia «Teoría y juego del duende»: un gólem de sangre y azahar."

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Grande verdade

"os blogues são isto! não são apenas dedos a teclarem meia dúzia de palavras, são estas dinâmicas fascinantes que se criam entre as pessoas!" - Arya

Sublinhado meu

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Mulheres...

Jery Ryan, da série Shark


Cada vez me sinto mais atraído por mulheres na casa dos 30 e dos 40...

P.S. Sempre tive um fraco por mulheres que gostam de "bichos", porque acho que, se uma mulher é capaz de gostar de uma coisa que pode vomitar em cima da carpete, aguenta as minhas parvoíces com certeza.

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Mais considerações randómicas

Os nihilistas são, sem dúvida, os mais felizes. Eu, pela minha parte, dispenso.

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Temos um link para um dicionário neste blog. Isso fará de nós uns snobs?

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Não fosse esse ser um título reservado de pleno direito à Arya pela sua brilhante autoria e criaria um blog chamado "Considerações randómicas". A sério que sim.

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Confissão #10

Ultimamente tenho andado a ver furiosamente este programa na TV.
Enquanto o visionamento de 11 episódios desta excelente série aguarda-me pacientemente no leitor de DVD.

Um bom exemplo do "faz o que eu digo, não faças o que eu faço".

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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Recordando John Lennon

Instant Karma, John Lennon



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Só...

...para dizer que me dá um enorme prazer escrever aqui em tão boa companhia: todos vós!

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Mais "considerações randómicas"

Todas as ideias são verdadeiras

Todas as ideias do mundo estão erradas

O que dorme está vivo

É tudo falso

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quarta-feira, 15 de agosto de 2007

do futuro


foto: joão espinho

Para muitos, o futuro é uma aspiração, uma ilusão, uma vontade de se libertar da lei da morte.

A maior parte, porém, desconhece que "de costas voltadas não se vê o futuro".




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Bom feriado para tod@s


U2, Sometimes You Can't Make It On Your Own*

* Música dedicada ao falecido pai de Bono, Bob Hewson


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terça-feira, 14 de agosto de 2007

E não continua a ser?

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Mais uma "consideração randómica"

Suponho que o momento em que a nossa vida começa a esclarecer-se é brusca... e, mesmo antes, há uma espécie de silvo.

Matt Ritchel

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Consideração randómica*

O Nikonman é o novo Abracourcix :)

* Expressão da autoria da Arya

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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Da série "Mulheres bonitas deste blog que não entram em séries" :)

Nunca se esqueçam!

Ao desligar um periférico do computador, cliquem SEMPRE na opção "remover hardware com segurança".
Pode ser a diferença entre uma máquina digital funcional ou... não.

*raios*

domingo, 12 de agosto de 2007

O mais perigoso vírus informático de sempre











Retirado do livro Viciado de Matt Ritchell

Carreguem nas imagens para melhor visualização e... assustem-se!

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sábado, 11 de agosto de 2007

Talking about love...



Blackmore's night - "Ghost of a Rose"

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da luz e da sombra

foto: joão espinho

Luz e sombra estão ligadas como a vida está com a morte.
A luz produz sombras. A morte é a produção final da vida.
E poderíamos colocar um ponto final nesta história.
Porém, encarregam-se as dúvidas de nos assolar o espírito.
A questão é simples: por que razão há sombras que não são produzidas pela luz.
Já sei a resposta.
Porque a perfeição só se atinge depois da Morte. Depois do ponto final.

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sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O regresso de Zorro

Os corações das mulheres espanholas batem forte por esta telenovela. Uma recriação latino-americana de "Zorro", que há meia dúzia de anos não seria considerada mais do que uma xaropada, neste momento é líder de audiências e conquista até as adolescentes, geralmente avessas a este produto televisivo.
Procurarão as pessoas de novo o amor à moda antiga? O que é certo é que a Beyoncé, que se faz pagar a peso de ouro, foi convidada para a banda sonora desta novela, juntamente com outra mega-estrela da canção em espanhol, e que as vendas dos discos não mentem. Voltaremos às velhas fórmulas televisivas, para compensar esse vazio emocional das sociedades fartas e saciadas até à exaustão de sexo e apelos eróticos? Quererão as pessoas amar como antigamente, com valentia e heroismo?
Fica o vídeo. Para pensar.

Beyoncé & Alejandro Fernández – “Amor gitano”

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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A minha casa dava um óptimo lucro a qualquer empresa de reciclagem.

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Conheci-a numa reportagem de um jornal espanhol. Qiongma poderia ser apenas mais uma chinesa de meia idade, que reside com o filho e o pai idoso, um médico "reeducado" pelo regime maoísta, num apartamento minúsculo e bafiento de Pequim.
Mas não é. Ninguém fala nela, não há fotos dela na internet. Qiongma traz no dedo um anel sumptuoso com séculos de história e tem em casa um dragão de jade valiosíssimo, que o pai conseguiu enterrar quando Mao chegou ao poder e que sobreviveu a anos de repressão. Tem também a árvore genealógica da família, onde reina a sua antepassada Cixi. Sendo ela a quinta geração de descendentes desta imperatriz, é a última princesa chinesa, pois considera-se que a sexta geração já não tem pureza de sangue. Estas são as únicas heranças que restaram de um monumental império.
Mais alta do que o comum, dotada de uma inteligência excepcional, Qiongma passou de calar as suas origens a ser uma "convidada decorativa" que fica sempre bem na alta sociedade chinesa. Está na moda ter uma amiga princesa. Apesar disso, aquela que poderia ser a mulher mais poderosa do mundo foi abandonada pelo marido. O amor não conhece aristocracias.
Como não pode governar o país que vai governar o mundo, Qiongma escreve guiões de televisão e cinema - duas formas diferentes de controlar a realidade. Sonhos de alienação, digo eu.

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Considerações randómicas sobre o modo como a minha vida amorosa se correlaciona com a minha vida bloguística #2

Estávamos no Inverno de 200-. Ele encontrou o meu perfil no Hi5 e a partir daí foi parar aos meus blogues. Mais tarde eu haveria de espreitar as visitas no Statcounter e espantar-me com a quantidade de horas que ele passara por lá.

Eu senti o perigo no primeiro minuto de conversação online. Mas claro, a minha presunção levou-me a acreditar que eu conseguiria imunizar-me a tempo. Ou pelo menos, manter-me aparentemente indiferente.
Por favor, eu estava a desfrutar de conversas amicíssimas das 22h00 às 05h00, e a adorar cada minuto. Quem estava eu a enganar...?

Eu estava tão perto daquele momento crucial. Aquele em que eu iria começar a disparatar e teria de oferecer algum tipo de explicação. Esta resultando claro, no tradicional "I'm so in love with you, babe".
Bem, não tão tradicional -- afinal desprezo a normalidade e faço uma festarola mesmo com os acontecimentos mais insignificantes, e... não tão "I love you" -- já que tenho um cadastro de desaires emocionais de cada vez que me atrevo a expressar afeição. Mas adiante.

O problema não era eu. Nem ele. Ele era (e é) perfeito. O que se passou foi que falei com demasiadas pessoas próximas dele. Estabeleci demasiados paralelos com situações infelizes pelas quais já tinha passado.
E quando senti que um afrouxar de atenção por parte dele (sendo como é, um costumário presságio do fim) presumi que nunca nada aconteceria.

Porque vêem, eu tinha feito um acordo comigo mesma: da próxima vez que me enamorasse de alguém mas encontrasse o mais ínfimo motivo para recuar, fa-lo-ia. Para o meu próprio bem.
E por uma vez, uma gloriosa vez na minha vida, segui uma linha de pensamento tão racional e incaracterística que até me assustou.

Elise, no outro dia tinhas mencionado o "He's So Not Into Me". Ainda não te agradeci, e até sei exactamente de que livro se trata -- usei-o em tempo real para analisar mais uma pseudo-relação.
Quando somei o número de vezes que ele não me telefonou, quando somei o número de vezes que ele mencionava outras raparigas, quando somei tudo o que não tinha sido feito e dito, bem... definitivamente ajudou-me a tomar uma decisão.
Se ele realmente estivesse interessado em mim, transmitiria sinais mais concretos do que o fez. Porque, como diz o Greg, mesmo que uma pessoa esteja ocupada e com imenso em mente, o advento dos telemóveis permite mantermo-nos contacto com quem quisermos. Basta claro, querer.

Então... o mais triste é que, com recuo ou sem recuo, eu poderia estar nesta altura tão sem ele como noutra situação qualquer.
Ou será este pensamento enganador meramente reconfortante, quando comparado à possibilidade de se ter partido o coração de uma pessoa...?
Talvez nunca tenhamos passado de amigos e eu tenha imaginado tudo. Mas ainda tenho a sensação avassaladora de lhe dever um grande e gordo "desculpa".

Amy Winehouse, "You Know I'm No Good"

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Happy :)

Passados que são três meses sobre a criação deste blog, contamos com 81 posts, mais de 200 comentários, 2.600 visitas segundo o statcounter, 5.689 segundo o sitemeter, com uma média de 104 visitas por dia e... somos o 258º blog mais visitado dos blogues portugueses, segundo o Blogómetro, acima de alguns blogues ditos de referência. Parabéns a nós! :)

Não nos esqueçamos, no entanto, o fim deste blog: divertimento!

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Da série: "Mulheres bonitas de grandes séries"




Michelle Rodriguez, da série LOST

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terça-feira, 7 de agosto de 2007

Bocejo

Enjoei o café, porque começou a saber-me a rotina. Agora tenho sono constantemente. Ora bolas.

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Música para os Romances de Verão

Live, Turn my Head

Anyone, caught in you mystery...

Vá lá, aproveitem o tempo, façam muito amor, mas com as devidas precauções... olhem os bebés de Verão ;)

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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Da série "Mulheres bonitas de grandes séries"

Kelly Carlson, a Kimberly - eterna namorada do Dr. Troy - da série Nip/Tuck

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sábado, 4 de agosto de 2007

Mais insónias...

Toda a doença é um problema musical - a sua cura, uma solução musical. Quanto
mais rápida e completa é a solução - maior é o talento musical do médico.

Novalis, Pólen e Fragmentos

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Considerações randómicas sobre o modo como a minha vida amorosa se correlaciona com a minha vida bloguística #1

Certo dia (há muito, muito tempo atrás) usei o meu blogue para fazer uma declaração de amor. Algo me diz que o destinatário não me compreendeu totalmente; mas não havia desculpa para tal, já que eu até usei as iniciais dele na postagem. Isso deveria ter feito soar logo o sinal de alerta, mas...

De qualquer maneira, quando chegou o momento decisivo, ele não agiu conforme o esperado e eu -- na minha exigência glacial -- deixei o assunto pura e simplesmente cair. Pouco tempo depois, compreendi que nunca havia estado realmente apaixonada por ele, mas pela hipótese de construir com ele uma relação que me satisfizesse.

Mais tarde, vim a descobrir que um texto que me havia enviado por e-mail, onde se lia o post-scriptum "escrito por mim", havia na realidade sido redigido por uma camarada blogueira e copiado sem misericórdia por ele (nem respeito pelos direitos de autor, diga-se de passagem).

Em última instância, não foi exactamente isso que me aborreceu, mas o facto de nunca se ter desculpado, não ter corrigido os erros ortográficos do original e ter-me enviado uma trampa de gosto literário duvidoso crente que eu apreciaria aquilo.

Aproveito para saltar por cima de inúmeros pormenores entediantes, e contar já o final da história. Não... esperem... deixem-me usar a seguinte metáfora musical: ele veio a descobrir que era bem mais fácil decorar um refrão de reggaeton que decifrar um verso indie.

Lembrei-me disto tudo no outro dia, quando finalmente expurguei o telemóvel das dezenas de mensagens escritas ambíguas que me foram enviadas durante meses a fio. As últimas, creio, mesmo depois de ele começar a namorar outra rapariga.

Janis Joplin, "Ball & Chain (live at Woodstock '69)"

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

contra-luz


Olhar para um corpo em contra-luz impede-nos de lhe conhecer o rosto, a textura, a fachada.
Traz-nos, porém, a vantagem de lhe perceber os contornos e saber se a moldura está de acordo com o conteúdo.
É também por isso que o sol é um revelador natural de actores de textura efémera mas de moldura perene.

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CÂNTICO NEGRO - JOSÉ RÉGIO

O meu poema preferido.

CÂNTICO NEGRO

"Vem por aqui" --- dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
--- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis: "vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
--- Sei que não vou por aí.

José Régio

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Confissão #9

Tenho tantas saudades tuas.
Mas aprendi desde cedo a não demonstrar vulnerabilidade.
Existe tanto a separar-nos.
Ela, ela, elas. E a minha cabeça, sempre a minha cabeça.

E embora tu tenhas permanecido por aqui...
...hoje vou pôr batôn vermelho e celebrar o facto de estar sozinha.
Porque não podemos. Não devemos. Não iremos.

E um belo dia serei o amor da vida de alguém.
Mas não o teu. Faço questão disso.

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quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Consideração randómica (como diz a Arya):
De cada vez que entro nos convites de amizade que recebo no Hi5, só me apetece citar a Bíblia e a passagem que reza que bem-aventurados são os pobres de espírito, porque deles será o reino dos Céus.
Estou cansada do mundo. Serei só eu?
PS: Muito obrigada pelo convite.

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quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Leituras randómicas















Eis um livro dedicado a todos nós, bloggers - viciados ou não -, amantes da Web 2.0, do MP3, dos mails em vez da correspondência normal, dos chats, dos conhecimentos virtuais.

Um thriller louco e vertiginoso, tal como a velocidade dos nossos tempos, que alerta para os perigos aí vindouros, mas que também põe um acento nas melhorias das nossas vidas trazidas pela Net.

Um livro não só comparável à escrita de Michael Chichton e John Grisham, como enunciado na capa, mas também, na minha humilde opinião, com alguns toques muito pouco subtis da escrita de Douglas Coupland e de Chuck Palahniuk.

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